Com um tom muito mais moderado do que o habitual, o ex-deputado federal e hoje deputado estadual, Delegado Francischini (PSL-PR), afirmou que sua ida até a reunião do PSL em Brasília foi para tentar conciliar. “Minha tarde toda foi tentativa de conciliação, mas não sei se vai dar certo ou não”, disse.
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Ele foi um dos principais homens de Bolsonaro no Paraná durante as eleições de 2018, o tom de fala do Delegado Francischini costuma ser muito mais enfático. “Eu to bem mais tranquilo, mais velho”, justificou. “Quando a gente fica mais tranquilo, a gente fica mais pra composição do que para o enfrentamento”, completou o Delegado.
Diante do intenso racha envolvendo o PSL, o deputado estadual afirmou que deseja a composição. “Nós todos somos Bolsonaro, e isso deixa todos muito tristes, porque não dá pra ficar desse jeito”, disse.
Como aliado de Bolsonaro durante a campanha, Delegado Francischini foi muito atuante em toda disputa, atuando informalmente em várias frentes, dentre elas na filiação partidária de candidatos. “Eu ajudei a filiar a maioria desses jovens que estão aí hoje, então eu passei toda essa tarde tentando fazer conciliação para que tudo possa voltar ao seu lugar. Nós não somos oposição de nós mesmos”, falou.
Enquanto Delegado Francischini afirma estar trabalhando pela conciliação, alguns parlamentares, como o líder do PSL na Câmara, estão batalhando para expulsar membros do partido. A retirada de Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso, as trocas de farpas entre membros do PSL com os filhos do presidente e a constante tentativa de Jair Bolsonaro e seus aliados de destituir a liderança do partido na Câmara, dão o tom interno do PSL, que está longe de ser de conciliação.
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