O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) um documento em que estabelece novos critérios para uso da cloroquina no tratamento da covid-19. As novas recomendações permitem o uso de cloroquina ou hidróxido de cloroquina já nos primeiros dias após a manifestação de sintomas. As normas anteriores liberavam a droga apenas para os casos mais graves da doença.
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A administração precoce de cloroquina, que leva a um uso amplo do medicamento, é contestada por entidades médicas por não haver estudos que comprovem sua eficácia e ainda existir o risco de reações adversas, como problemas cardíacos.
Imposto pelo presidente Jair Bolsonaro, o uso precoce de cloroquina levou à saída de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich do comando da pasta. Ambos não aceitaram assinar as novas orientações, que agora saem com a assinatura do general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde.
Na terça-feira (19) um documento conjunto assinado pelas três sociedades médicas ligadas às áreas de tratamento da covid-19 diz ter chegado a um consenso para não recomendar o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e outros medicamentos como rotina durante o tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.
O documento dos especialistas foi assinado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira [AMIB], Sociedade Brasileira de Infectologia [SBI] e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e contesta as recomendações do governo.