A defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é o principal mote das manifestações convocadas por movimentos de participação política em várias partes do país. A organização dos protestos deste domingo (30) é capitaneada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), pelo Vem pra Rua (VPR) e pelo Nas Ruas, que ganharam corpo de 2013 para cá, ao apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Apenas o Vem pra Rua, que faz monitoramento em tempo real, marcou atos em mais de 200 cidades (veja onde os atos estão previstos).
As manifestações foram convocadas pelas redes sociais para defender o ministro, acusado de orientar a força-tarefa da Lava Jato nas investigações que resultaram, entre outras coisas, na condenação do ex-presidente Lula. Moro enfrenta questionamentos desde o início do mês com a publicação de uma série de reportagens do site The Intercept, que reproduz diálogos dele e de procuradores da República. Há protestos marcados também para fora do país, em cidades como Nova York, Buenos Aires, Lisboa e Genebra.
Leia também
O Vem pra Rua e o MBL ficaram fora das manifestações de apoio ao governo em 26 de maio, alegando discordância com algumas pautas levantadas pelos organizadores do movimento, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Os grupos, no entanto, resolveram encampar os novos protestos em nome do combate à corrupção. A expectativa dos organizadores é que a possibilidade de soltura do ex-presidente Lula, ventilada no Supremo na última semana, sirva de incentivo para que mais pessoas saiam às ruas neste domingo.
> Moro no Senado: manifestantes inflam Super Moro e minimizam vazamento