O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrou na briga entre as alas militar e ideológica do governo. Depois de o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, chamar o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, de “Maria Fofoca”, Maia disse que depois de acabar com o meio ambiente, Salles agora vai acabar com o próprio governo.
O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 24, 2020
A fala de Salles, nesta sexta-feira (23), inaugurou uma série de ataques da ala mais radical do governo ao general Ramos, responsável pela articulação política do governo e pela aproximação com o Centrão.
O escritor Olavo de Carvalho, os deputados Filipe Barros (PSL-PR), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) e o empresário Otávio Fakhoury – os quatro últimos, investigados em inquérito das fake news – saíram em defesa de Salles na queda de braço contra Ramos. Filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desejou “força” ao titular do Meio Ambiente. “O Brasil está contigo”, publicou.
“Não tente fingir que você é a honra viva das Forças Armadas. Você é apenas você mesmo e, cá entre nós, não acredito que isso seja grande coisa”, escreveu Olavo de Carvalho em comentário dirigido ao general Ramos. Filipe Barros compartilhou a mensagem de Salles, disse concordar 100% com ele e levantou a #ChegaDeMariaFofoca.
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