O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (16) que o presidente Lula pretende adentrar a articulação junto à Câmara dos Deputados para avançar com a votação dos três projetos do pacote de cortes de gastos para 2025. De acordo com ele, há a preocupação por parte do governo de enxugamento das medidas, que visam gerar uma economia de R$ 70 bilhões ao longo dos dois próximos anos.
“O apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Nós temos um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal. (…) Ele pediu um quadro detalhado para falar com os líderes e garantir com que não tenha desidratação das medidas fiscais e para que a reforma tributária possa ser votada esse ano, em torno de uma eventual conciliação entre Senado e Câmara em torno do que foi aprovado”, disse o ministro após se encontrar com Lula em São Paulo, onde se recupera das cirurgias da semana anterior.
Logo que o pacote fiscal chegou à Câmara dos Deputados, alguns pontos enfrentaram resistência de parlamentares. Alterações no Fundo Constitucional do DF e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) rapidamente se tornaram imbróglios para o conjunto de medidas, e o governo deverá construir um acordo com os relatores para encontrar substitutos a esses cortes.
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A entrada em campo, porém, deverá ser à distância: o governo defende que a votação do pacote fiscal aconteça antes da quinta-feira (19), data em que o Congresso Nacional pretende votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual de 2025. Até lá, Lula está impedido, por orientação médica, de retornar à capital.