Nesta segunda-feira (13), o gabinete de transição para o novo governo concluiu as atividades dos grupos de trabalho temáticos, que entregaram relatórios à cúpula com o diagnóstico de cada área de interesse da nova gestão. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na coletiva de encerramento, quando aproveitou para confirmar a indicação do ex-ministro Aloizio Mercadante para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com formação na área de economia, Mercadante já assumiu a chefia de diversas pastas nas gestões anteriores do PT, incluindo o Ministério da Educação e a Casa Civil. Após o impeachment de Dilma Rousseff, assumiu a presidência da Fundação Perseu Abramo, think tank do partido. Com a vitória eleitoral de Lula, o ex-ministro retornou aos holofotes como coordenador técnico do gabinete de transição.
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O novo ganho de importância de Mercadante, muitas vezes atuando como porta-voz da transição, acabou criando especulações de seu nome para a presidência do BNDES. “Eu quero dizer para vocês que não é mais boato, o Aloizio Mercadante será o presidente do BNDES”, confirmou o presidente eleito. De acordo com ele, a indicação tem por objetivo garantir que o banco seja gerido por alguém que pense “em desenvolvimento, reindustrialização, evolução tecnológica, geração e financiamento ao pequeno, médio e grande empresário”.
Apesar do longo currículo, Mercadante tem sua parcela de controvérsias. Seu nome foi um dos investigados na Operação Lava-Jato, acusado de tentar impedir a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, do PTB. Foi um dos listados em 2016 pelo até então procurador-geral da República Rodrigo Janot, e também foi processado no Conselho de Ética da Presidência da República. Em 2017, porém, foi absolvido no conselho, e sua investigação judicial foi arquivada em 2022 por falta de provas.