O empresário e presidente do diretório do MDB no Pará, Jader Filho, será o novo ministro das Cidades. A indicação será feita nesta quarta-feira (28) por lideranças do partido ao presidente eleito Lula, em encontro marcado para as 15h. Os emedebistas também vão indicar o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para o Ministério dos Transportes, como já havia antecipado o Congresso em Foco na última sexta-feira (23). Além dos dois, a legenda terá Simone Tebet como ministra do Planejamento, conforme acerto fechado pela senadora com o presidente eleito.
“Acabamos de ter a última conversa depois de ouvir toda a bancada. O nome do Renan já estava pacificado e agora decidimos indicar Jader Filho para o Ministério das Cidades”, confirmou ao Congresso em Foco o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL).
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O escolhido para o Ministério das Cidades é irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e da deputada Elcione Barbalho (MDB-PA). Ele disputava a vaga com o deputado José Priante (MDB-PA), seu primo e vice-presidente do diretório estadual paraense.
Priante tinha maior apoio da bancada da Câmara. Mas acabou preterido diante de articulações internas, já que o Pará será o estado com mais representantes no MDB na próxima legislatura. Dos 42 deputados eleitos pelo partido, nove são paraenses.
“O Priante é um deputado muito respeitado e capaz. Esse processo não deixará sequela alguma”, afirmou Isnaldo Bulhões. Segundo ele, o próximo passo será dialogar com parlamentares do partido que tiveram forte ligação com o governo Jair Bolsonaro para unificar o partido em torno da gestão petista. “É o caso do deputado Osmar Terra, por exemplo, que tem uma identidade muito forte com Bolsonaro. Mas nós vamos construir um diálogo dentro do campo ideológico e democrático”, acrescentou.
Além de Isnaldo, participarão do encontro com Lula o presidente do partido, deputado Baleia Rossi (SP), e os futuros ministros Jader Filho e Renan Filho. O presidente havia se comprometido a ceder ao MDB três ministérios: um para Tebet, como forma de apreço e reconhecimento por seu apoio no segundo turno da eleição presidencial, outro para indicação da bancada na Câmara e um terceiro sob a responsabilidade dos emedebistas no Senado.