O advogado e ex-presidente interino do PSL, Gustavo Bebianno, vai assumir a Secretaria-Geral da Presidência do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Bebianno confirmou a indicação em pronunciamento à imprensa no início da tarde desta quarta-feira (21), ao lado do também futuro ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil). A indicação de Bebianno foi confirmada durante a primeira reunião com os indicados até agora. Na reunião, os grupos técnicos estabeleceram as diretrizes e planos da transição de governo. Os grupos se reunirão às quartas-feiras, segundo Onyx.
“[Bebianno] É um homem que está extremamente preparado e é da absoluta confiança do presidente da República para administrar essa importante pasta”, disse Onyx após a reunião no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde se concentra o gabinete de transição do governo.
Na coletiva de imprensa, Bebianno agradeceu a confiança de Bolsonaro em confiá-lo o cargo. Segundo o futuro ministro o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e a Secretaria de Comunicação (Secom) deve continuar, por enquanto, com sua pasta. “Mas eu diria que a principal tarefa da Secretaria é o trabalho de modernização do estado. Talvez pela primeira vez o governo olhando para sua atividade-fim para servir bem a população”, disse.
Bebianno também foi questionado se um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, ocupará algum cargo na Secom. Vereador licenciado do Rio de Janeiro, Carlos foi responsável pela comunicação da campanha do pai. “Alguns nomes estão sendo estudados.
O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, é uma pessoa que sempre esteve à frente dessa comunicação, desenvolveu um trabalho brilhante e talvez, sem ele, a campanha não tivesse se desenvolvido tão bem”, afirmou Bebianno. Segundo ele, a possibilidade será discutida com Carlos e com o presidente eleito.
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Durante as eleições, Bebianno presidiu o PSL e foi o responsável pela coordenação da campanha do presidente eleito.
Ministérios
O anúncio de Bebbiano para comandar a Secretaria-Geral veio minutos após Bolsonaro anunciar, pelo Twitter, que o atual Controlador-Geral da Advocacia-Geral da União (AGU) vai assumir o comando do órgão a partir de 2019. O futuro ministro da Casa Civil afirmou que Bolsonaro ainda não decidiu se a AGU continuará tendo status de ministério.
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O objetivo, segundo Onyx, é ter menos de 20 ministérios. Até agora, Bolsonaro já indiciou 12 futuros ministros. Além de Bebianno já foram confirmados Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tereza Cristina (Agricultura), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), a permanência de Wagner Rosário no Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e André Luiz de Almeida Mendonça (AGU).