O ministro da Economia, Paulo Guedes, inicia a semana com uma agenda para tratar de fundos de investimentos. Entre os presentes na reunião agendada para às 16h no Bloco P do Ministério da Economia, entretanto, chama atenção a lista dos presentes, que inclui três nomes investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por disseminação de fake news. São eles o empresário Otavio Fakhoury e os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-DF) e Bia Kicis (PSL-DF).
Fakhoury inclusive depôs à CPI da Covid no Senado no ano passado por suspeita de financiar a divulgação de fake news durante a pandemia no coronavírus no Brasil. Ele teve o nome listado nos pedidos de indiciamento do relatório final da comissão.
De acordo com as apurações da CPI, Fakhoury integra o chamado “gabinete paralelo”, grupo responsável por subsidiar o presidente Jair Bolsonaro com materiais para reforçar versões falsas sobre o tratamento da covid-19 e agir de maneira paralela aos ministérios aconselhando sobre políticas de combate à doença. Ainda conforme a CPI da Covid, um dos principais prejuízos ao país foi o retardo na compra de imunizantes e o desincentivo a medidas preventivas contra a doença.
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O Brasil encerrou o ano de 2021 com mais de 412 mil mortos. A CPI também apurou superfaturamento na compra de medicamentos para o chamado Kit Covid, conjunto de remédios sem eficácia contra a doença propagado inclusive em campanhas do governo, bem como o aumento de faturamento de farmacêuticas.
Ataques homofóbicos
O empresário Otavio Fakhoury também protagonizou, no ano passado, um episódio de preconceito contra o senador Fabiano Contarato (Rede-ES). Nas redes sociais, ele afirmou ter sido convocado por um “delegado homossexual”, ironizando Contarato ao dizer que o senador havia se sentido atraído pelo perfume.
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O empresário deletou a postagem. Já o senador protocolou uma denúncia contra o empresário no Ministério Público Federal.
Fakhoury é vice-presidente nacional do PTB na Região Sudeste e chefia o diretório da legenda no estado de São Paulo.