Durante sua fala de abertura na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) em Glasgow, o ministro do meio ambiente Joaquim Leite prometeu uma nova agenda de redução de controle de emissões climáticas. O chefe da pasta prometeu alterar a meta climática de redução de emissões de gases estufa de 43% para 50% até 2030, e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
O anúncio recebeu aval do presidente Jair Bolsonaro. Ausente na COP26, o presidente enviou um vídeo com seu discurso, onde declarou que “os resultados alcançados por nosso país até 2020 demonstram que podemos ser ainda mais ambiciosos. Por isso, autorizei o nosso ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, a apresentar novas metas climáticas”.
Bolsonaro também comentou sobre o Programa Nacional de Crescimento Verde. “Ao promover uma economia verde, o programa vai orientar as ações de proteção e conservação do meio ambiente por meio de incentivos econômicos, direcionando recursos e atraindo investimentos”.
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A defesa do agronegócio em meio à discussão ambiental é uma constante na narrativa do governo, e não foi exceção na COP26. “Conforme o pronunciamento do presidente, o Brasil é hoje uma potência verde. (…) O mesmo se aplica nas práticas agropecuárias de baixo carbono, e nas tecnologias desenvolvidas para fixação do carbono solo”, afirmou Joaquim Leite.
Ação dos estados
Além de anunciar a renovação na meta de controle da poluição, o ministro também defendeu o compartilhamento de responsabilidades na federação para que se consiga avançar com as pautas ambientais. “Internamente, temos que destacar o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada, das partes brasileiras. Nesse caso, os estados, onde os mais ricos e desenvolvidos devem ser mais ambiciosos nas suas curvas de redução de emissões”, declarou.
PublicidadeEm resposta, uma parceria dos nove estados que compõem a Amazônia Legal com o governo do estado de São Paulo foi anunciada na conferência, prevendo a criação de um fundo, inicialmente de R$100milhões e com planos de chegar a R$500milhões, para ser destinado à preservação da Amazônia.
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