O presidente Jair Bolsonaro vai trocar alguns dos deputados que são vice-líderes do governo na Câmara. Um dos que devem sair do posto é Daniel Silveira (PSL-RJ), alvo dos inquéritos das fake news e de incitação a atos pró-ditadura.
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Aliados do presidente disseram ao Congresso em Foco que a ideia é que as vice-lideranças passem por um rodízio. Daniel Silveira comentou, por meio do Twitter, a movimentação de troca de vice-líderes e criticou o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do governo.
Acabo de saber que minha retirada da vice-liderança de governo foi pedido do general Ramos para alocar deputados do centrão. Estranha essa relação de homens tão próximos manobrarem enfraquecimento da base do presidente. Ser líder só tem ônus, mas ao menos que seja alguém de honra
Publicidade— Daniel Silveira (@danielPMERJ) July 8, 2020
Daniel Silveira escreveu em outra mensagem na rede social que a decisão “não incomoda pelo cargo” e centrou as críticas ao ministro enquanto disse que continua apoiando Bolsonaro.
“Em tempo, deixo claro que a saída não me incomoda pelo cargo, afinal, nada tem nele senão o poder da fala para defender como líder. Quem pensar que estamos brigando pela posição, está enganado. Estamos lutando para blindar o presidente”.
A intenção é que sejam nomeados deputados do Centrão, bloco informal de centro e direita que o presidente tem se aproximado. O bloco já tem alguns representantes como Evair de Melo (PP-ES).
Um deputado do grupo ouvido pelo site disse que também há negociações para a troca do líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (PSL-GO). As discussões sobre isso acontecem há pelo menos 30 dias, mas não foram concretizadas.
Já foi indicado o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo no Congresso. Ele contava com o aval do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), mas divergências dentro da sigla acabaram pela retirada de seu nome. O principal insatisfeito foi o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), que é rival de Barros dentro do partido.
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