A falta de cumprimento de prazos por parte do governo Bolsonaro atrapalhou, mais uma vez, a sessão do Congresso. Na semana passada a sessão do foi tumultuada por uma quebra de acordo do Senado Federal, que, segundo o presidente do Congresso, David Alcolumbre, aconteceu devido a um atraso dos líderes do governo. Nesta terça a sessão que estava marcada para às 11h foi cancelada, pois o governo não enviou o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que estava acordado.
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No último dia 27, após a Câmara derrubar todos os vetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como tinha sido alinhavado, os senadores derrubaram apenas três dispositivos, mantendo 199, contrariando o acordo fechado. Para desfazer o erro, o governo prometeu que enviaria este projeto de lei que na prática, anularia os próprios vetos.
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O combinado era que o PLN chegaria até às 11h para a sessão do Congresso, o que não aconteceu. A expectativa é que fique pronto até às 14h30.
Quebra de acordo do dia 27 de Novembro
Referente a sessão da última semana, segundo lideranças que falaram com a reportagem, a iniciativa do acordo partiu do próprio governo. O trato era derrubar todos os vetos da LDO e, em contra partida, manter os vetos que tivessem destaques por parte do governo. Os destaques seriam o código a ser seguido para que o veto não fosse derrubado.
Segundo o presidente David Alcolumbre, a cédula que indicaria o acordo deveria ter chegado às 10h30 para os parlamentares. Mas o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), atrasou e só entregou a cédula às 11h30, quando as votações já estavam acontecendo.
O fato gerou indignação entre os líderes da casa. “Havia um acordo e quando tem um acordo a gente cumpre, se não cumpre não tem como seguir adiante. Nesta Casa a gente cumpre com nossa palavra”, desabafou uma liderança que pediu para não ser identificada.
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