O Ministério de Minas e Energia deve anunciar, nesta quarta-feira (16), se o governo vai voltar a aderir ao horário de verão em 2024. A decisão deve ser anunciada em entrevista coletiva à imprensa, às 13h30.
O ministro Alexandre Silveira, na última quarta (9), afirmou que a adoção só acontecerá se for imprescindível. “É um tema absolutamente transversal, e não se pode decidir olhando apenas para um lado. O horário de verão é uma política global de economia de energia, mas só tomaremos essa decisão quando ficar claro de que sua adoção é imprescindível para o país nesse momento”, disse o ministro.
Conforme relatório de setembro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), solicitado pelo ministério, a medida pode trazer uma redução de até 2,9% da demanda máxima. A economia, segundo a nota técnica, aproxima-se de R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.
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A empresa deve mostrar novos dados sobre a questão energética e as mudanças no cenário hidrológico. No relatório, foi estimado que a redução de custo de combustível termoelétrico será de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico.
“Outro benefício importante, na implantação do horário de verão é o efeito sobre a rampa da carga entre 18h e 19h, com a postergação do horário de demanda máxima em até duas horas”, aponta ONS na nota.
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez nos anos 1930, durante o governo Getúlio Vargas. A adoção, porém, só se tornou anual em 1985. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro acabou com o horário de verão. A medida foi justificada pelo argumento de que o horário de pico do consumo era às 15h e pelo “anseio da população”.
O horário de verão acontecia apenas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. De acordo com o Decreto nº 9.242, de 15 de dezembro de 2017, o adiantamento em uma hora dos relógios nos estados afetados se iniciava no primeiro domingo de novembro e durava até o terceiro domingo de fevereiro.