Em audiência pública na Câmara, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, garantiu que não há qualquer possibilidade de que sejam adotadas medidas extremas, como “regimes ditatoriais, autoritarismos e exorbitâncias”, pelo governo de Jair Bolsonaro. O ministro vinha sendo publicamente criticado por declaração apoiando Eduardo Bolsonaro na defesa do retorno de um AI-5.
> Presidentes do Senado e da Câmara repudiam fala de Eduardo sobre AI-5
“O governo Bolsonaro defende a legalidade e o respeito entre as instituições. Qualquer crise social tem que ser resolvida apenas com o uso dos instrumentos constitucionais”, disse Heleno.
“Se pegarem a reportagem, vão ver que a primeira coisa que eu disse é que qualquer sugestão teria que ser estudada. Em nenhum momento me coloquei a favor do AI-5. O AI-5 foi editado em uma conjuntura totalmente diferente da atual”, reforçou o ministro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que classificou como repugnante a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possível volta do AI-5, também criticou o posicionamento do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que respondeu Eduardo dizendo que “tem de estudar como vai fazer” isso. Maia lamentou o fato de o general ter se transformado em “um auxiliar do radicalismo” de Olavo de Carvalho e disse que Heleno pode ser convocado pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre o “novo AI-5”.
AI-5: Eduardo não se desculpa na Câmara e pede debate sobre 1964
Publicidade*Com informações da Agência Câmara