O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou neste domingo (6) um vídeo crítico à Globo por reportagem da emissora sobre os “Guardiões do Crivella”, grupo de funcionários contratados pela prefeitura do Rio de Janeiro que tinham a missão de atrapalhar a imprensa nas portas dos hospitais e impedir denúncias sobre a situação da saúde municipal.
A Câmara de Vereadores do Rio chegou a votar uma denúncia para afastar o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pelo caso, mas o processo de impeachment foi barrado por 25 votos a 23. Um dos votos contrários foi o de Carlos Bolsonaro, do mesmo partido de Crivella e Flávio.
Na legenda no Instagram, Flávio escreveu: “Você pode até não concordar com 100% do que o presidente @jairmessiasbolsonaro e o Prefeito do Rio @mcrivella fazem, mas não se deixe manipular pela #globolixo”.
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Em resposta, o prefeito escreveu: “Obrigado, senador @flaviobolsonaro, pelo voto de confiança e por ajudar no combate a essa mentira que a TV Globo insiste em fazer em pleno século 21. Estamos numa guerra e nossa intenção é sempre mostrar a verdade para a povo Carioca. Estamos juntos no combate a corrupção”. Ele também citou uma passagem bíblica muito lembrada pelo presidente Jair Bolsonaro: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32”. Candidato à reeleição, Crivella tem buscado o apoio presidencial para fortalecer seu nome na disputa.
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Flávio Bolsonaro é alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro pelo esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando era deputado estadual. Uma decisão judicial proferida na última sexta (4) impediu a TV Globo de divulgar qualquer documento acerca das investigações.
“Acabo de ganhar liminar impedindo a #globolixo de publicar qualquer documento do meu procedimento sigiloso. Não tenho nada a esconder e expliquei tudo nos autos, mas as narrativas que parte da imprensa inventa para desgatar minha imagem e a do Presidente Jair Messias Bolsonaro são criminosas. Juíza entendeu que isso é altamente lesivo à minha defesa”, escreveu ele numa rede social. “Querer atribuir a mim conduta ilícita, sem o devido processo legal, configura ofensa passível, inclusive, de reparação.”
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