O influenciador digital Felipe Neto e o presidente Jair Bolsonaro foram os dois brasileiros escolhidos na lista de “100 pessoas mais influentes de 2020” da Revista norte-americana Time. A lista, divulgada anualmente, aponta pessoas que influenciaram o mundo no ano anterior em áreas como política, artes, comportamento e meio ambiente.
Felipe Neto – que possui um canal no YouTube com 39 milhões de inscritos, um dos maiores do mundo, e 12 milhões de seguidores no Twitter – integra a lista na categoria de “ícones”, ao lado de outros 14 indicados, como a tenista japonesa Naomi Osaka, do ator Billy Porter e dos fundadores do movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”).
O youtuber é apresentado em texto escrito pelo deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). “Quando Felipe Neto fala, milhões escutam. E sua voz, agora política, ressoa em um país cuja democracia está em perigo”, escreve o parlamentar.
Jair Bolsonaro aparece pelo segundo ano seguido na lista de 100 pessoas mais influentes da Revista Time – ambos na categoria “líderes”. O presidente brasileiro divide a lista com, entre outros nomes, o presidente norte-americano Donald Trump, o candidato democrata Joe Biden, o premiê indiano Narendra Modi, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O texto que indica Bolsonaro à lista é escrito pelo editor de assuntos internacionais da revista, Dan Stewart. O jornalista define Bolsonaro como alguém cujo “ceticismo teimoso sobre a pandemia e sobre a destruição ambiental causaram o aumento destes números”. Para Stewart, o número definidor de Bolsonaro é 37 – que é a porcentagem de brasileiros que o aprovam, segundo uma pesquisa no final de agosto.
Na edição de 2019, Bolsonaro foi descrito pelo presidente do grupo Eurasia e editor da revista, Ian Bremmer. No texto, escrito em março daquele ano, Bremmer definiu Bolsonaro como um “personagem complexo”, que representava “a masculinidade tóxica, em uma tentativa homofóbica e ultraconservadora de travar uma guerra cultural, e talvez de reverter o progresso do Brasil em combater as mudanças climáticas”, mas que também poderia representar “a melhor chance do país em encampar reformas econômicas que possam domar um endividamento crescente.”
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