Em transmissão ao vivo nesta quinta-feira (5), Jair Bolsonaro afirmou que tentará federalizar Fernando de Noronha e criticou os preços cobrados para visitação do arquipélago. Com uma eventual federalização, haveria gestão compartilhada do território entre o governo federal e o governo estadual, no caso, Pernambuco.
“Eu sugeri a gente federalizar Fernando de Noronha, que parece que virou uma ilha de amigos do rei. E o rei não sou eu. É um absurdo você ir para uma praia em Fernando de Noronha e pagar R$ 100”, disse. Segundo o site oficial do arquipélago, há uma taxa de preservação ambiental do arquipélago no valor diário de R$ 75,93.
“Vamos tentar, se for possível, federalizar Fernando de Noronha. Acabar com essas questões, fazer um polo turístico”, continuou. “Poderia ser um local aí de arranjar recursos para o Brasil, vindo de fora, do turismo, dar uma condição de vida melhor para a população.”
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Bolsonaro também afirmou que “não dá para aquela ilha ter dono”, sem especificar quem seria o “dono” do local. O atual governador de Pernambuco é Paulo Câmara (PSB), que faz oposição ao governo federal.
Bolsonaro estava acompanhado na live do secretário especial da Pesca, Jorge Seif, que passou o feriado de Finados em Noronha com os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, além do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Antes de esticarem a viagem, as autoridades do governo assinaram acordos como a concessão de equipamentos para a iniciativa privada.
PublicidadeO secretário também rebateu críticas de ambientalistas sobre a decisão de autorizar a pesca de sardinha na área do Parque Nacional Marinho de Noronha. “É uma série de fake news. Somente os moradores podem pegar os peixes. Liberamos em duas praias somente. Ninguém vai com barco industrial. O tubarão não vão passar fome em Noronha, não”, defendeu Seif. A decisão também foi criticada pelo secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Antônio Bertotti Júnior. “Fernando de Noronha não é a Cuba brasileira. O povo tem que conhecer a ilha”, acrescentou o secretário.
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