O governador de São Paulo, Joao Doria (PSDB), afirmou que as agressões do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra governadores tem ensejado a união dos chefes dos governos estaduais. O caso mais crítico, na avaliação de Doria, foi a ilação, por parte de Bolsonaro, de que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), teria envolvimento na morte do miliciano Adriano da Nóbrega, morto pela Polícia Militar baiana, no dia 9 de fevereiro.
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“Preciso reconhecer que o Bolsonaro, com as agressões, com o emparedamento e a crítica injusta ao governador da Bahia, Rui Costa, fez os governadores ficarem mais unidos. Nós temos que ser defensores da democracia”, afirmou Doria ao chegar à Sapucaí neste somingo (23) para acompanhar os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. A declaração foi registrada pelo jornal O Globo.
“Não pode [o presidente] lançar uma acusação de que o Rui Costa teria sido o deflagrador da morte daquele miliciano que estava na Bahia. Fazer uma acusação dessa sem prova é uma leviandade. Hoje é com o governador da Bahia, amanhã com o do Rio, depois de amanhã com o do Rio Grande do Sul e, daqui a duas semanas, com o governador de São Paulo”, continuou Doria.
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Segundo Doria, que acompanhou o desfile a convite do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), os governadores não querem o confronto com o presidente, mas o entendimento. “Paz, equilíbrio, diálogo, foi isso o que nós pedimos ao presidente Bolsonaro em duas cartas. Todos os governadores querem o diálogo”, afirmou.
O governador ainda criticou o desempenho da economia sob o governo Bolsonaro.
“Não é razoável que o Brasil depois de um ano tenha tido um crescimento de 0,98% em seu PIB. É um crescimento muito pequeno, uma geração de empregos muito aquém do que deveria haver depois de um ano de um governo liberal”, afirmou Doria.
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