O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) comentou em uma live no Facebook, na noite desta quarta-feira (12), que “dói no coração” as suspeitas sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Queiroz teve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pediu exoneração no dia 15 de outubro.
“Se algo estiver errado, seja comigo, seja pelo meu filho Flávio, que paguemos a conta, porque nós não podemos comungar com o erro de ninguém”, disse o presidente eleito, frisando que nem ele nem Flávio são investigados. Ele afirmou que a suspeita “dói no coração” porque sua campanha teve forte viés no combate à corrupção, e a transferência do próprio Coaf para o ministério da Justiça, que será comandado pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, seria parte do esforço de combater ilicitudes.
Na live de pouco mais de 20 minutos, Bolsonaro também falou sobre a escolha de seus ministérios, enfatizou que todas as escolhas foram técnicas, e não políticas (“inclusive teve gente que ganhava muito mais aí fora e veio trabalhar conosco por puro patriotismo”), e dedicou boa parte do vídeo a discutir questões ligadas a Roraima e aos indígenas. O presidente eleito reiterou a proposta de que povos indígenas recebam royalties pela exploração mineral do subsolo de seus territórios.