O Conselho de Administração da Petrobras não aceitou a troca imediata no comando da empresa anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Após uma longa reunião nesta quarta-feira (25), o conselho decidiu que o nome de Caio Paes de Andrade será submetido ao processo de governança interna da empresa pública. Isso quer dizer que o indicado pelo presidente terá de tramitar por uma longa avaliação do Comitê de Pessoas da Petrobras.
De acordo com o blog da jornalista Ana Flor, do portal G1, os conselheiros também determinaram que o governo envie os nomes dos conselheiros que devem ocupar os novos assentos no Conselho. A partir dos novos nomes é que será realizada uma Assembleia Geral da empresa. Como o governo é o acionista majoritário, ele possui a maioria das vagas.
Entre a apresentação dos novos conselheiros e a realização da Assembleia, a empresa deve esperar em torno de 30 dias. Essa manobra fará que o novo presidente da empresa indicado pelo governo Bolsonaro não assuma o comando da Petrobras antes do mês de julho.
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Caio Paes de Andrade, que é o atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia, foi indicado para o comando da empresa nesta segunda-feira (23). Ele foi escolhido para o lugar de José Mauro Ferreira, que ficou apenas 40 no cargo. Em ano eleitoral, Bolsonaro tem criticado publicamente os lucros da empresa e quer segurar os reajustes dos combustíveis. A estratégia seria para impedir o impacto negativo dessas correções no projeto de reeleição do presidente.