Ainda sem conseguir contornar os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro jogou para o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a responsabilidade de responder eventuais questionamentos da imprensa sobre uma troca no comando da Petrobrás.
“Pergunta para o Adolfo Sachsida”, disse Bolsonaro acrescentando que o ministro tem “carta branca” para fazer o que achar melhor.
O ingresso de Sachsida no lugar do outrora ministro Minas e Energia, Bento Albuquerque foi visto como um aceno de Bolsonaro à pressão pelos sucessivos aumentos do preço da gasolina e eventuais desgastes que isso pode gerar na sua campanha pela reeleição neste ano. Adolfo Sachsida é ex-assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Já o atual presidente da estatal, José Mauro Ferreira, assumiu o cargo há cerca de um mês, depois que uma sequência de fogo-amigo do governo contra seu antecessor, o general Joaquim Silva e Luna, que não conseguiu conter os recorrentes reajustes de valores.
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Bolsonaro tem apostado no discurso de que a política de preços da empresa – que atualmente considera a variação do dólar e do preço do barril do petróleo no mercado internacional – pode ser alterada se houver aprovação do conselho da Petrobras.
“A PPI [política de paridade de preços] não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda. Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelada ao preço dos combustíveis está a inflação”, disse Bolsonaro.
O preço dos combustíveis se tornou um problema para a campanha eleitoral de Bolsonaro, que tem criticado a política da Petrobras. Na última semana, ele afirmou que o lucro de R$ 44,5 bilhões da companhia no primeiro trimestre deste ano é um “estupro” e um “absurdo”.
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