O governo vai arrecadar R$ 3,3 bilhões com resultado dos leilões para a concessão de 22 aeroportos, encerrados há pouco em São Paulo. O ágio, diferença entre o mínimo fixado pelo governo e a soma dos lances vencedores, foi de 3.822%. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comemorou o resultado. “Foi um movimento de ousadia, muita gente disse que éramos loucos em licitar aeroportos no meio da maior crise do setor. Mas vimos a oportunidade”, afirmou.
O valor total de investimento estimado pelo governo com as concessões é de R$ 6,1 bilhões. A Companhia de Participações e Concessões (CPC), do Grupo CCR, levou dois dos três blocos leiloados. Ficou com o bloco Sul, composto por nove aeroportos, entre eles Curitiba e Foz do Iguaçu (PR), arrematado por R$ 2,128 bilhões – ágio de 1.500%. A CPC também arrematou o bloco Central, com seis aeroportos do Centro-Oeste e Nordeste, por R$ 754 milhões – ágio de 9.000%. Já o bloco Norte, que inclui o terminal de Manaus, foi arrematado pelo grupo francês Aeroportos Vinci, por R$ 420 milhões – ágio de 778%.
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Os certames fazem parte da Infra Week, semana dedicada pelo Ministério da Infraestrutura à realização de leilões para a concessão de 22 aeroportos, cinco portos e uma ferrovia. Os leilões continuam na quinta e na sexta-feira. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os três blocos de aeroportos respondem, em condições normais, a 11% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a 24 milhões de pessoas por ano.
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