A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse nesta quinta-feira (21) que vai apresentar um projeto de lei para anistiar Daniel Silveira (PTB-RJ) e garantir ao colega o direito de concorrer nas eleições de outubro. Zambelli não detalhou a proposta, mas o texto terá a adesão de outros deputados bolsonaristas, como Coronel Tadeu (PL-SP), que também se manifestou favoravelmente à iniciativa.
Ela comparou a anistia que pretende dar a Silveira à lei de 1979 que permitiu o retorno dos acusados de crimes políticos no período da ditadura militar.
“Estamos apresentando um projeto de Lei de Anistia para preservar os direitos políticos de Daniel Silveira para que ele possa se candidatar ainda em 2022. Não concordamos com os abusos que o STF vem cometendo contra a democracia. Uma verdadeira perseguição!”, escreveu a deputada no Twitter.
Em outro tuíte, a deputada disse que a decisão do STF é uma perseguição à direita brasileira. “Precisamos tomar as devidas providências para que essa ‘BRECHA’ que foi aberta, não atinja todos aqueles que são de DIREITA no Brasil”.
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Pela manhã, em entrevista à Jovem Pan, a deputada defendeu que haja pressão popular para que o projeto de anistia avance na Câmara. “Espero, de verdade, que os eleitores ajudem a pressionar os seus deputados e a gente possa passar com a máxima urgência essa lei e dar anistia a Daniel Silveira”, disse Zambelli.
Ela comparou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo contra Daniel Silveira e principal alvo dos ataques do deputado, a um inquisidor. “Dá tá dando nojo de olhar para o Alexandre de Moraes, dá asco, dor de estômago. Ele representa, para nós bolsonaristas, um inquisidor, um perseguidor. É uma inquisição isso. Vivemos um período nazista dentro do Brasil através de Alexandre de Moraes. Uma pessoa que é um ditador e que está perseguindo só nós conservadores”, declarou.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu ao Supremo Tribunal Federal que a Casa decida, em votação em plenário, pela cassação ou não de Silveira. O deputado foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, à perda do mandato e à perda dos direitos políticos por mais de oito anos. Pela Lei da Ficha Limpa, ele só estará apto a ser votado na eleição de 2040, segundo o ex-juiz eleitoral Márlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa.
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