O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, divulgou em nota a exoneração, nesta quarta-feira (26), de 28 militares e um civil do órgão. A lista de exonerados é formada em por quadros em cargos de direção dentro do gabinete, e conta com oficiais-generais das três forças armadas. Entre os 29 nomes anunciados, 26 retornam às forças de origem.
A decisão se deu uma semana depois de Cappelli assumir a chefia do GSI, órgão encarregado de orientar o presidente da república sobre assuntos militares e coordenar sua segurança. Nome de confiança do ministro Flávio Dino (Justiça), ele assumiu logo após a demissão de Gonçalves Dias, que entregou o cargo após o vazamento de imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, que revelaram sua interação com invasores no dia 8 de janeiro.
Cappelli assumiu com a missão não apenas de preencher o vácuo deixado com a saída de Dias, mas também de dar andamento à remoção de quadros ainda vinculados ao ministro do governo anterior, Augusto Heleno. Na nota da exoneração, o interino ressalta que a decisão foi parte dessa tarefa. “A medida faz parte do processo de renovação da pasta determinada pelo presidente Lula”, afirma.
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Entre os militares exonerados, quatro são oficiais-generais, dois deles oriundos da força terrestre. Outros onze são oficiais superiores, sendo um deles um major da Polícia Militar do Distrito Federal e outros três coronéis reservistas do Exército. Entre os demais, um capitão estava sem função dentro do gabinete, e outros oito eram suboficiais.
Nesta semana, o Congresso em Foco mostrou que, passados mais de 100 dias do começo do terceiro mandato de Lula, 35% dos cargos que compõem o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já tinham sido substituídos, de acordo com o chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli. Os dados foram apresentados por Capelli ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (24).
Ambos estiveram reunidos para uma análise em relação à crise instituída desde o vazamento das imagens que mostram a invasão do Palácio do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. O vazamanto resultou na queda do então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, flagrado nas imagens, assim como outros militares que também integravam os quadros do GSI.