O ministro da Defesa, Braga Netto, negou ter enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um recado de que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. O deputado também se manifestou, ainda que de forma menos incisiva que o general.
Em nota, Braga Netto disse que tentam “criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores”. O comunicado diz ainda que “trata-se de uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes” e que as Forças Armadas estão “comprometidas com a manutenção da democracia.”
Já o presidente da Câmara não chegou a negar que recebeu o recado, mas optou por uma nota genérica, onde afirmou que “as últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o país avançar.”
Leia também
As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) July 22, 2021
Publicidade
Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou ter conversado com Braga Netto e Lira e disse que “ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições.”
Conversei com o Ministro da Defesa e com o Presidente da Câmara e ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições. Temos uma Constituição em vigor, instituições funcionando, imprensa livre e sociedade consciente e mobilizada em favor da democracia.
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) July 22, 2021
> Braga Netto ameaça golpe em meio a denúncias de militares pela CPI da Covid
> Autoridades reagem a fala de Braga Netto: “Tirania precisa ser combatida”