O presidente Jair Bolsonaro defendeu, neste sábado (27), a portaria do Ministério da Justiça sobre deportação de “pessoas perigosas”, editada nesta semana após a deflagração da Operação Spoofing, que prendeu quatro suspeitos de hackearem os celulares de, pelo menos, mil autoridades públicas, incluindo o próprio presidente.
Bolsonaro negou que a normativa tenha como objetivo atingir o jornalista americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, que tem publicado reportagens com base em diálogos vazados do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.
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“Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele está cometendo. Até porque ele é casado com outro homem [deputado federal David Miranda, que é brasileiro] e tem meninos adotados no Brasil”, disse durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro. “Ele não vai embora, o Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana aqui no Brasil. Não vai pegar lá fora, não”, acrescentou.
Bolsonaro afirmou que suspeitos de crime têm que ser “mandados para fora do Brasil”. “Eu não sou xenófobo, mas na minha casa, entra quem eu quero. E a minha casa, no momento, é o Brasil”.
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Novos dados sobre desmatamento
Ainda no Rio, Bolsonaro afirmou neste sábado que deve divulgar, na próxima semana, novos dados sobre desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O presidente mostrou recentemente insatisfação com informações da instituição que mostram aumento da área desmatada no país.
“Já está tudo levantado. Está nas mãos do Marcos Pontes [ministro da Ciência e Tecnologia] e do Ricardo Salles [ministro do Meio Ambiente] a divulgação desses dados, talvez na quarta-feira agora”, observou.
O presidente da República voltou a defender a exploração econômica da Amazônia e de outras áreas protegidas, como o litoral de Angra dos Reis. “Não podemos tratar o meio ambiente como uma psicose ambiental”, afirmou.
* Com informações da Agência Brasil
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