Alvo de críticas de parte do empresariado, o presidente Jair Bolsonaro busca reaproximação com o mercado. Ele vai jantar com empresários em São Paulo nesta terça-feira (7), depois de cumprir agenda, ao longo do dia, no Paraná e em Santa Catarina. O encontro, segundo a Folha de S. Paulo, deve ser na casa de Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, mesmo local onde, em 22 de março, empresários reuniram-se com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para discutir saídas para a crise da covid-19.
O presidente estará acompanhado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e dos ministros Fabio Faria (Comunicação), Paulo Guedes (Economia) e Tarcisio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Entre os temas a serem discutidos, o processo de vacinação no Brasil, medidas sanitárias e econômicas adotadas pelo governo e o futuro da agenda liberal do governo. A última vez em que Bolsonaro se reuniu com grandes nomes do empresariado foi em dezembro, em jantar realizado na casa do presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Os organizadores do jantar queriam convidar 20 empresários, mas, a pedido do cerimonial da Presidência, o número foi reduzido para abrir maior distanciamento entre os convidados.
O jantar oferecido aos presidentes da Câmara e do Senado antecedeu uma série de fatos. Bolsonaro criou um comitê gestor da crise um ano após o início da pandemia. Arthur Lira (PP-AL) fez discurso duro de cobrança ao governo, levantando, inclusive, a possibilidade de impeachment, ao citar o risco de adotar “remédios amargos”. Depois disso, o presidente promoveu, na semana passada, uma minirreforma ministerial, começando pela saída de Ernesto Araújo do Itamaraty.
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