O presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender as contas no Twitter de apoiadores do governo investigados no inquérito das fake news. A ação direta de inconstitucionalidade (Adin) foi impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU).
As contas tiradas do ar são de seguidores mais extremistas do presidente, como o presidente do PTB, Roberto Jefferson, a militante Sara Winter, o blogueiro Allan dos Santos, o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang e o dono das academias Smart Fit, Edgard Corona.
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Os investigados são figuras próximas ao presidente e comumente utilizam das redes sociais para atacar adversários políticos de Bolsonaro. Mas a investigação comanda por Moraes vai além e levanta a suspeita do grupo participar de uma quadrilha especializada em criar e espalhar notícias falsas contra os adversários políticos do chefe do Executivo, além de ameaças contra os ministros da Suprema Corte.
A ação, segundo a Folha de S. Paulo, também é assinada pelo presidente e pede que o plenário do STF suspenda a decisão de Moraes, por entender que medidas como essa ferem a Constituição.