Depois de participar de sessão solene no Congresso, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) finalmente confirmou que o senador Magno Malta (PR-ES) fará parte de seu governo. Um dos principais articuladores da campanha de Bolsonaro, Magno tem dito que não será deixado de lado na próxima gestão, e que pleitearia um ministério a partir de 2019.
“Não podemos prescindir do apoio dele na formação deste governo”, resumiu Bolsonaro em entrevista coletiva.
“Magno Malta é uma pessoa que pesou muito na minha campanha, antes mesmo da campanha. Seria meu vice, e ele que decidiu não sê-lo. Lamentavelmente, não teve sucesso no Senado”, acrescentou o capitão reformado do Exército, referindo-se à não reeleição de Magno no Espírito Santo.
Definida a equipe de transição do atual para o próximo governo, Magno Malta seguia sem ter uma pasta assegurada na gestão Bolsonaro – situação que o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), ironizou em entrevista à imprensa estrangeira, classificando o senador como um “elefante que está colocado no meio da sala”. Segundo Mourão, o parlamentar deveria estar “procurando emprego”.
Mas Magno parece não se importar com as colocações de Mourão. Em entrevista ao jornal O Globo, o senador falou como membro do futuro governo. “Vou ser ministro, sim. Onde eu estiver, estarei perto dele. Ele vai anunciar”, declarou.
Evangélico fervoroso e responsável por projetos de recuperação de drogados, Magno Malta é aliado de longa data de Bolsonaro e foi o primeiro convidado para ser candidato a vice-presidente, mas resolveu apostar na reeleição. Há cerca de dois meses, disse em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco que, como parlamentar, poderia ser mas útil ao colega como líder do governo no Senado, por exemplo.
“Onde eu sou mais importante para o presidente Bolsonaro? Calado, no Palácio do Jaburu, sem microfone e sem caneta? Porque eu não assino nada e nem falo nada [como vice]”, disse o senador em seu gabinete, referindo-se à sede da vice-presidência da República.
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