O presidente Jair Bolsonaro negou nesta terça-feira (12) que haja relação entre a liberação de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares e a votação da proposta de reforma da Previdência. Em publicação no Twitter, Bolsonaro disse que a pressão é grande, mas que não faz uso de expedientes da “velha política”. Segundo ele, a liberação de recursos em troca de votos é um “caminho errado”, que não será seguido pelo atual governo.
Informo que não há verbas sendo liberadas para aprovação da Nova Previdência como veículos de informação vem divulgando. Seguimos o rito constitucional e obrigatório do Orçamento Impositivo, onde é obrigatório a liberação anual de emendas parlamentares. No mais, segue a verdade: pic.twitter.com/ojxNuIoV2T
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 12 de março de 2019
Leia também
Por meio das chamadas emendas, parlamentares podem destinar recursos para obras e serviços em suas bases eleitorais. O recurso costuma ser usado como moeda de troca pelo Executivo em votações importantes no Legislativo.
Levantamento feito pelo Palácio do Planalto constatou que cerca de R$ 3 bilhões em emendas impositivas ainda não foram pagos. Desse total, o equivalente a R$ 1 bilhão atendiam a todos os requisitos. Do total liberado, R$ 300 milhões se referem a sugestões de bancadas, e R$ 700 milhões, a emendas individuais.
Os líderes partidários decidiram ontem segurar a tramitação da reforma da Previdência até que o governo envie à Câmara projeto com novas regras para a aposentadoria dos militares. A proposta deve ser entregue até 20 de março. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira parada da reforma, deve ser instalada entre quarta e quinta-feira.