O secretário afastado de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Alexandre Baldy, não deve voltar ao cargo. O Congresso em Foco ouviu de aliados de que ele avalia voltar para Brasília e acompanhar mais de perto a vida partidária do PP na sustentação política de Jair Bolsonaro. Baldy é ex-deputado federal e foi ministro das Cidades no governo de Michel Temer (MDB).
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Ele pediu licença do cargo no dia 6 de agosto, após ter sido preso em uma investigação da Operação Lava Jato que apura desvios na área de saúde em Goiás. Um dia depois, decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltá-lo.
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A licença estava prevista para terminar no começo deste mês de setembro, mas o secretário pediu ao governador João Doria (PSDB-SP) uma prorrogação por mais 30 dias. No dia 4 de outubro, quando acabar o novo prazo para o afastamento, Baldy vai decidir se sai ou volta para a função.
Apesar de não ter um mandato político, ele tem aliados na Câmara, como o seu ex-assessor Adriano do Baldy (PP-GO), que hoje é deputado federal. Além de ser um nome influente no PP e ter bom trânsito com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
PublicidadeDe acordo com as fontes ouvidas pelo Congresso em Foco, o apoio de Baldy ao governo não seria feito por meio de cargos, mas ao ficar mais perto do partido em Brasília. O movimento de Baldy visa fortalecer sua atuação política, principalmente em seu estado, Goiás, com o objetivo de fazer o maior número possível de prefeituras nas eleições deste ano. O secretário afastado é presidente do diretório estadual do PP em Goiás.
Baldy tem dito a interlocutores que pode não valer a pena ficar no comando da Secretaria, principalmente com a pandemia do coronavírus. Também é avaliada a hipótese de ele sair definitivamente da vida pública.
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