A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu nos últimos dois meses e, pela primeira vez desde agosto do ano passado, atinge 50% dos entrevistados, aponta levantamento Veja/Instituto FSB.
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Divulgada nesta quinta-feira (13), a pesquisa ouviu 2.000 eleitores, entre os dias 7 e 10 de fevereiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
De acordo com os dados divulgados, 50% dos brasileiros aprova a forma como o presidente governa, 6% nem aprova nem desaprova e 44% desaprova. Apenas 1% não soube ou quis responder.
Este é o melhor resultado de Bolsonaro entre os quatro levantamentos bimestrais Veja/Instituto FSB, que começaram em agosto do ano passado. Nas pesquisas anteriores, o militar permaneceu com 43-44% de aprovação, enquanto sua reprovação variou de 46-48% do total.
O número de pessoas que considera o governo bom ou ótimo também cresceu, em relação aos levantamentos anteriores, passando de 12% e 19%, respectivamente, para 14% e 22%. Já o que classifica a gestão do militar como péssimo sofreu uma redução, indo de 26% para 22%.
Outro indicativo que demonstra uma melhora na imagem do presidente é o que mensura o alinhamento de expectativa do eleitorado, que atingiu o maior nível positivo na série histórica.
Em comparação com a última pesquisa, em dezembro de 2019, os que achavam que o governo seria muito melhor que o esperado eram 8% dos entrevistados, esse número passou para 10%. O número de pessoas que achavam que ia ser um pouco melhor que o esperado também cresceu, passando de 21% no fim do ano passado para 26% neste mês.
Combate ao desemprego
Um dos principais problemas enfrentado pelo governo, o combate ao desemprego, que permanece alto, atingindo 11% da população, se consolidou na terceira posição entre as áreas mais bem avaliadas da atual gestão, ficando atrás somente de Combate à corrupção e Segurança.
Bolsonaro cresce na disputa de 2022
A pesquisa Veja/FSB também fez perguntas sobre a eleição presidencial de 2022. Em um cenário sem o ex-presidente Lula, com o apresentador de TV Luciano Huck e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro aparece com 37% das intenções de votos.
Em seguida, empatados na segunda posição, variando entre 11% e 13%, aparecem Fernando Haddad (PT), Luciano Huck e Ciro Gomes (PDT). O governador tucano aparece com somente 3% das intenções de voto.
Em um segundo cenário, com o ex-presidente Lula, Bolsonaro permanece na liderança, mas a distância entre o primeiro e o segundo colocado cai. O atual ocupante do Palácio do Planalto aparece com 31% das intenções de voto, enquanto Lula fica com 28%.
Já em um cenário com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e sem Lula, Bolsonaro segue na frente, com 28% das intenções, enquanto o ex-juiz teria 17%. Em seguida aparecem Haddad (15%), Huck (13%) e Ciro (9%).
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