Após toda repercussão negativa gerada pela derrota do governo na tentativa de destituição do líder do próprio partido na Câmara, para colocar no lugar o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (SP), a ala bolsonarista do PSL saiu neste sábado em defesa de Jair Bolsonaro e do filho, e passou a afirmar que o presidente não queria colocar o deputado na liderança da legenda. Os deputados dizem que teriam insistido para que pai e filho aceitassem a manobra.
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A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que está sofrendo ameaças de suspensão do partido por ter apoiado a tentativa de destituição do líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirma que a ideia de colocar no lugar o filho do presidente partiu dela e dos outros deputados bolsonaristas. “Eu estava lá quando @jairbolsonaro pediu para encontrarmos outro nome para liderar o PSL, que não seria legal colocar um filho seu”, relatou a deputada. “Mas nós insistimos, pois era consenso entre todos e o próprio Eduardo tbm [também] ponderou. A escolha foi nossa. Falta de ética dizer o contrário”, disse no Twitter.
O deputado Sanderson (PSL-RS) disse que a ideia de retirar o Waldir da liderança é antiga. “Ao contrário do divulgado, NÃO partiu de EDUARDO @BolsonaroSP e muito menos do PR [presidente] @jairbolsonaro o nome de seu filho para liderar o PSL na CD [Câmara dos Deputados]. A ideia de substituir o líder VALDIR [sic] vem lá de trás. Aliás, Eduardo nem queria. Nós é que insistimos. Os 53 deputados do PSL sabem disso”, publicou em sua conta do Twitter.
Outro parlamentar que está sofrendo ameaças de suspensão por apoiar a tentativa de destituição, Filipe Barros (PSL-PR), compartilhou a publicação de Sanderson.
Jair Bolsonaro admite que estava ligando para os deputados do PSL para tentar completar o número de assinaturas necessárias para destituir o Delegado Waldir. Na gravação, ele lembra que o líder tem “o poder de indicar pessoas, arranjar cargos no partido e promessas para o fundo eleitoral”.
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