O vereador carioca e filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, acessou os registros de interfone do condomínio após a denúncia de que o assassino de Marielle Franco teria pedido para ir à casa do mandatário poucas horas antes de cometer o crime. No vídeo, divulgado por Carlos, ele tem acesso às gravações de todos os moradores. O registro de interfone divulgado pelo vereador, no entanto, demonstra que o assassino não teria pedido para ir a casa de Bolsonaro.
A oposição ao governo só irá se posicionar publicamente sobre o assunto às 16h30, desta quarta-feira (30), em coletiva de imprensa. Mas nos bastidores, opositores ao governo afirmam entender que este ato de Calos pode ser encarado como obstrução de justiça.
Após reportagem da TV Globo, o mandatário entrou ao vivo no Facebook e de forma muito exaltada deixou em dúvida a concessão da emissora, que terá que ser renovada em 2022. Bolsonaro relembrou que seus filhos e parentes são investigados pela Justiça e afirmou que quer ver o delegado que conduz o caso da vereadora e olhar no olho dele, além de ter o desejo de federalizar as investigações da morte de Marielle.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que instaure um inquérito em parceria com a Polícia Federal para investigar a prática de tentativa de obstrução à Justiça, falso testemunho ou acusação caluniosa na citação do nome do presidente Jair Bolsonaro nas investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.