O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), um dos candidatos à presidência da Câmara, visitou, na tarde desta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Palácio do Planalto. Após a reunião, o deputado afirmou que Bolsonaro disse a ele que não tomará lado na disputa pelo comando da Casa.
Na semana passada, o partido do presidente anunciou oficialmente que apoiará a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), até agora favorito na disputa. Maia reúne o apoio de mais de dez partidos. A adesão do PSL à sua candidatura, no entanto, provou reações internas. O PP, por exemplo, desistiu de apoiar o presidente da Câmara.
“Esse apoio do PSL não é apoio dele [Bolsonaro]”, minimizou o deputado. Ele também afirmou que declarou seu apoio às reformas defendidas pelo presidente, como a da Previdência e a tributária, “sem nenhum toma lá, dá cá”. Fábio Ramalho aposta em sua ascendência sobre o baixo clero e sua boa relação com Bolsonaro para angariar votos.
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O mineiro, conhecido pelos banquetes que oferece com frequência aos colegas, chegou ao Planalto com uma sacola térmica, levando iguarias de seu estado para Bolsonaro.
Na semana passada, questionado pela reportagem do Congresso em Foco sobre o apoio do partido de Bolsonaro a Maia, o emedebista afirmou que sua candidatura é independente e que nada está definido “até o meio-dia do dia 1º [de fevereiro]”, data da posse dos parlamentares e da eleição da Mesa Diretora.
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Uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia antes do plantão do Judiciário, determinou votação aberta para a presidência do Senado, decisão que poderia valer também para a Câmara. Os congressistas, contudo, contestam a decisão, sob a justificativa de que o Judiciário não pode interferir no Regimento Interno do Legislativo. Pelas regras internas, a votação é secreta.O Solidariedade já entrou com recurso contra a decisão de Marco Aurélio.