Deputadas eleitas e seguidores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) têm pedido, no Twtitter, que a Nicarágua não seja convidada para a posse presidencial no dia 1º de janeiro. Os protestos são uma reação de repúdio ao presidente do país, Daniel Ortega, que no último sábado (22) mandou fechar um canal de TV e prendeu jornalistas sob a acusação de “conspiração” e “terrorismo”.
Responsável por enviar os convites para a cerimônia, o Itamaraty informou no último dia 17 que Bolsonaro havia determinado incialmente que fossem convidados “todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas”. O pedido, no entanto, foi depois retificado para excluir Cuba e Venezuela depois que seus presidentes (Miguel Díaz-Canel e Nicolás Maduro) já haviam recebido convites. Não havia nenhuma menção à Nicarágua.
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Após a prisão de jornalistas no país da América Central, no último sábado, uma das primeiras a se manifestar foi Janaína Paschoal (PSL-SP), autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e deputada estadual eleita por São Paulo, com mais de 2 milhões de votos. “Se ainda não o fez, o Brasil haveria de desconvidar a Nicarágua para a posse do Presidente. Será constrangedor receber um país em que se prendem jornalistas por fazerem seu trabalho”, escreveu Janaína no Twitter.
A mensagem recebeu o retweet da ativista Carla Zambelli (PSL-SP), eleita deputada federal. Seguidores de Bolsonaro e das duas futuras deputadas fizeram comentários apoiando a ideia. No último dia 16, Bolsonaro publicou, na mesma rede social, que “regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019”, sem citar nominalmente quais países seriam.
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