O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) protagonizaram neste sábado (5) uma troca de farpas via Twitter, em clima semelhante à disputa presidencial do segundo turno das eleições. Embora portais tenham afirmado que Bolsonaro bloqueou Haddad após a discussão, a assessoria de imprensa do petista não confirma a informação.
Haddad compartilhou na rede social, na noite de sexta-feira (4), um artigo do colunista Philipp Lichterbeck que criticava o contexto político do Brasil e a vitória de Bolsonaro. Acusando uma onda brasileira de “anti-intelectualismo” e uma guerra anacrônica contra o comunismo, o texto citava líderes evangélicos como Silas Malafaia.
No início da tarde deste sábado (5), Jair Bolsonaro foi ao Twitter e afirmou, sem mencionar a conta de Haddad, que o oponente escreveu o artigo. Ele chamou Haddad de “fantoche do presidiário corrupto” e acusou o PT de ter quebrado o país.
Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara.
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Publicidade— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de janeiro de 2019
Ao informar o presidente que se tratava de um artigo da agência alemã Deutsche Welle, o petista revidou o ataque e ironizou a ausência de Jair Bolsonaro nos debates eleitorais:
Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle (https://t.co/Z554p1Zh1E), mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 5 de janeiro de 2019
O Twitter de Jair Bolsonaro está sendo utilizado como forma oficial de comunicação do Governo Federal. Na noite desta sexta-feira (04), a nova identidade visual do governo foi divulgada em um tweet do presidente.
Acompanhado de uma animação que falava em um país “sem doutrinação nas escolas e sem erotização das nossas crianças”, o presidente elogiou o trabalho da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), que desenvolveu a nova logomarca.
De acordo com um comunicado da Secom/PR, a comunicação por redes sociais economizaria cerca de R$ 1,4 milhão se comparada com a compra de espaço em redes de televisão.
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