Se a decisão de manter Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na cadeia coubesse só aos deputados do Rio de Janeiro, seu estado natal, ele seria solto. O mesmo se dá na maioria das unidades federativas do Brasil: de 27 estados, só 12 votaram majoritariamente para confirmar a prisão do deputado acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco, em 2018.
Nessa quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados votou para manter Chiquinho Brazão preso. A decisão se deu por margem estreita. Para confirmar a prisão, era necessário obter maioria absoluta dos membros da Câmara, ou 257 votos – no final, foram 277 votos a favor de manter o deputado preso. Favoreceram Chiquinho os 129 deputados que votaram por sua libertação, os 28 que se abstiveram de votar e os 78 que não compareceram à sessão em plenário (veja como cada deputado votou).
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Essa maioria, porém, não se verifica na maior parte dos estados, individualmente:
- em dez unidades federativas, o apoio à prisão ficou abaixo de 50%, ou seja, o número de votos para deixar Brazão na cadeia foi superado pela soma de contrários, abstenções e ausências em plenário: Distrito Federal, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Roraima, Sergipe, Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais e Santa Catarina.
- em cinco estados, exatamente metade dos deputados chancelou a prisão, com apoio cravado em 50%: Acre, Amazonas, Ceará, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.
- fizeram maioria para confirmar a prisão de Chiquinho Brazão: Alagoas, Pernambuco, Piauí, Bahia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, São Paulo, Maranhão e Rondônia.
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