O primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou nesta sexta-feira (26) que a PEC da impunidade deve ser aprovada ainda hoje. Na prática, o projeto dificulta a prisão e o afastamento de parlamentares.
“Nós vamos virar a página hoje. Nós temos muita segurança de que a PEC tem maioria de três quintos para ser aprovada, vamos votar e aprovar, para a semana que vem a gente tratar o que é mais urgente para o país”, afirma o deputado. Na semana que vem, a Casa deve analisar a reinstalação das comissões, a lei do gás e a reforma administrativa.
A votação do primeiro turno do texto estava prevista para ontem (25), porém a pauta foi obstruída pela oposição. O texto enfrenta resistência e é tratado como a “PEC da impunidade” por críticos. Alguns parlamentares questionam o rito acelerado em que o texto vem tramitando na Casa sem passar pelas comissões especiais.
Em relação às críticas sobre o rito de tramitação do texto, Marcelo Ramos reforçou a fala do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de que a PEC é uma resposta ao caso “excepcionalíssimo” do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em flagrante na semana passada. Segundo o vice-presidente, a aprovação da PEC não deve interferir no caso do deputado, que ontem foi convidado a se filiar ao PTB de Roberto Jefferson.
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“Em relação aos deputados que julgam a PEC como a PEC da impunidade, é uma absoluta injustiça”, afirmou. Ele ressaltou também que há uma dificuldade de compreensão técnica do texto e “outros porque estão menos preocupados em preservar a independência do parlamento e mais preocupados em ganhar likes na internet”, argumenta.
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