Na tarde desta terça-feira (16), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a falar sobre a importância da reforma tributária e do apoio do empresariado brasileiro. “Precisamos do setor privado”, disse.
Para o presidente a alavanca do país é a competitividade entre as empresas. E a reforma, diz, visa um sistema tributário mais simples e com segurança jurídica. “Fora isso tributação da renda. Será que é justa em todas as camadas da sociedade? Tributamos mais consumo que renda”, indagou Maia.
Maia também falou sobre a importância da ampla concorrência no leilão do 5G e a participação dos chineses no processo. “Espero que o Brasil tenha concorrência com maior numero possível de participantes. Corremos risco com custo de implementação se não houver ampla concorrência. Além do atraso de implantação. O governo é liberal na economia e tende a trabalhar pela garantia da maior concorrência. Tirando o embate ideológico que não é produtivo entre parte do governo e a China, isso atrapalha não apenas nesse leilão, mas pode ser prejudicial também ao setor de agronegócio”, apontou.
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Data das eleições
Ainda sem definição, Maia falou sobre as novas possíveis datas para o pleito eleitoral de 2020. Segundo o presidente, as discussões do colegiado com membros da Câmara e do Senado devem iniciar nas próximas semanas. A coordenação desta frente de trabalho deve ficar nas mãos do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre. Maia apontou que há duas datas possíveis para a realização do primeiro turno das eleições: 15 de novembro e 20 de dezembro, sendo ele próprio favorável ao dia 15.
O parlamentar também disse que há uma possibilidade de aumentar o tempo de TV para a campanha. “É uma boa ideia, talvez ampliar, não o prazo, mas o tempo de TV durante o dia ou por mais cinco dias pode ser um caminho. Pode ser uma boa ideia independentemente da mudança data de eleição. Vai precisar de consenso“, disse.
PublicidadeManifestações
O presidente elogiou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que desmantelou o acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, da Praça dos Três Poderes, no fim de semana. “Uma coisa é apoiador, outra é vândalo. Quem ataca as instituições precisa de outro tipo de ação do judiciário e é nessa linha que o parabenizo pela decisão de desmobilizar o acampamento.”
Maia também condenou os atos contra o Supremo Tribunal Federal no fim de semana. “Não acredito que o palácio esteja incomodado com os apoiadores que tem direito de defender o governo e criticar os poderes. Mas outra coisa é utilizar as manifestações para criar ambiente de ódio, ameaça como vimos no sábado, uma cena absurda lamentável de fogos mirados para o STF”, concluiu.