Reunião marcada para esta quarta-feira (4) não conseguiu escolher o novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados e um novo encontro foi marcado para a próxima terça-feira (10) para definir o comandante da sigla na Casa Legislativa.
Concorrem o deputado Celso Sabino (PA), apoiado por Aécio Neves (MG), e o deputado Beto Pereira (MS), avalizado por João Doria. De acordo com tucanos ouvidos pelo Congresso em Foco, no momento, há 16 votos para Sabino e 16 votos para Beto Pereira, até a reunião de terça a expectativa é que seja formada uma maioria. O PSDB tem 32 congressistas na Câmara.
O provável resultado apertado reflete a divisão na bancada da legenda na escolha do substituto de Carlos Sampaio (SP).
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Esta é a segunda disputa pública entre os grupos ligados ao deputado e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG), que apoia Sabino, e ao governador de São Paulo, João Dória, que lança Beto Pereira.
O governador paulista João Doria já esteve contra Aécio Neves em outra ocasião. Ele patrocinou um pedido de expulsão do mineiro do PSDB, algo que foi amplamente rejeitado pela Executiva tucana.
Doria quer expurgar os quadros tucanos envolvidos em corrupção para ganhar prestígio eleitoral nas eleições presidenciais de 2022. No dia 21 de agosto, quando o pedido de expulsão foi arquivado, o ex-governador mineiro disse que havia uma intenção de reforçar a candidatura de Doria ao Planalto em 2022:
“Claramente com uma percepção eleitoral. O partido simplesmente disse que aqui existem regras e essas regras que vão fortalecer qualquer que seja o candidato do partido . O governador Doria tem qualidades. Obviamente que é um projeto ainda em construção, vai passar substancialmente pelo êxito de sua administração em São Paulo pela qual todos nós torcemos”, afirmou Aécio.
Apesar de não ter sido condenado, o ex-candidato a presidente nas eleições de 2014 foi alvo de pelo menos nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal após ser citado na delação premiada de Joesley Batista, dono da JBS.
Um desses casos evoluiu e transformou o mineiro em réu, que é o que trata do empréstimo de R$ 2 milhões pedido pelo tucano para bancar sua defesa na Lava Jato.
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