Na movimentação para se reelegerem presidentes de suas Casas, Maia e Alcolumbre se observam para ver quem vai para o desgaste primeiro. Maia faz “oficialmente” que não quer, testando a cena de Alcolumbre no Senado.
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Maia só vai se expor se tiver certeza de que a Proposta de Emenda Constitucional que permitiria a reeleição passa no Senado. Se manter mais 2 anos à frente da Câmara o coloca na sucessão em 2022.
Como vê que Alcolumbre tem dificuldade no Senado, não se expõe e disfarça que não teria a pretensão de se reeleger. Mas está com o plano montado. O teatro no palco do Congresso confunde quem não conhece os bastidores.
Alcolumbre também quer a reeleição, só que não tem maioria no Senado, o que prejudica não só a ele, mas a Maia também.
A proposta precisa passar nas duas Casas. Na Câmara, Maia teria como articular sua reeleição, porém não quer ainda colocar o bloco na rua enquanto o cenário no Senado estiver desfavorável.
Na retaguarda, espera que Alcolumbre avance e abra a trincheira para ele.
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