Com a proximidade da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro, prevista para quinta-feira (25), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Amaro, comparece à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados na terça-feira (23), às 14h.
O ministro foi convocado para uma audiência sob requerimento do deputado bolsonarista Delegado Bilynskyj (PL-SP). O propósito da convocação é focado em esclarecimentos prestados por Amaro sobre o comportamento do militar que o antecedeu à frente do GSI, o general Gonçalves Dias.
O tema principal da audiência é questionar Amaro sobre as ações do general Dias a partir de uma reportagem divulgada pela CNN, que o mostra supostamente permitindo a entrada de invasores no dia 8 de janeiro, no Palácio do Planalto.
“Cabe convocar a presença do Ministro a fim de questioná-lo minuciosamente para esclarecer sobre o vídeo citado e sua atuação no dia 08 de janeiro, nas Sedes dos Três Poderes da República, em Brasília. Diante do exposto, solicitamos esclarecimentos por parte do Excelentíssimo Ministro do GSI”, afirma Bilynskyj em requerimento.
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Delegados e coronéis
General Amaro será sabatinado por um grupo de deputados de direita com títulos policiais e militares antecedendo seus primeiros nomes, como: Deputados Sargento Gonçalves (PL-RN), Delegado Palumbo (MDB-SP), Coronel Assis (União-MT), Capitão Alden (PL-BA) e Delegado Fábio Costa (PP-AL). A única exceção é Sílvia Waiãpi (PL-AP).
O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a oposição deve mostrar a omissão do governo federal nos ataques aos prédios dos três Poderes em Brasília. Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), avalia a CPMI como desnecessária, ao citar que o próprio Supremo Tribunal Federal já tornou réus centenas de pessoas que depredaram as sedes dos Poderes.
6 meses de CPMI
A duração inicial da CPMI será de seis meses. A comissão será composta por 32 titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores. A maioria dos partidos já indicou seus membros. Ainda assim, caso a composição ainda não esteja completa no momento da instalação, cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciar os nomes. Após instalada, serão definidos o presidente e o relator da comissão.
*Com informações da Agência Brasil e do Senado