Líderes partidários do Senado discutem votar a PEC da Anistia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira (17). A pressão para acelerar a tramitação vem principalmente dos partidos políticos e suas lideranças.
A CCJ do Senado tem uma sessão marcada para quarta-feira (17) de manhã, mas a Proposta de Emenda à Constituição não está na pauta. A pressão dos partidos é para incluir o item, mesmo com o Senado trabalhando com sessões remotas nesta semana. Como o Congresso fará o recesso parlamentar a partir de quinta-feira (18), o risco é a análise ficar para agosto.
Para o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), é mais viável fazer a discussão em uma sessão 100% presencial, com todos os senadores. O governo Lula (PT) evita se posicionar sobre o tema.
O Partido dos Trabalhadores, por outro lado, foi a favor do texto na Câmara e deve manter-se favorável no Senado. Apesar da expectativa de parte dos senadores de votar o tema na quarta-feira (17), a PEC ainda não está na pauta da CCJ.
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Ainda que o texto seja votado e aprovado na CCJ na quarta-feira (17), para valer, a PEC precisaria ser votada também no plenário do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na semana passada que não haveria pressa para levar o tema para o plenário.
“Posso garantir que não haverá qualquer tipo de açodamento no encaminhamento desta questão. Vamos tomar a melhor medida possível após debate”, disse Pacheco na sexta-feira (12). A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados no dia anterior.
PublicidadeA PEC prevê o perdão às sanções impostas aos partidos que descumpriram as cotas de raça e gênero nas eleições de 2022. As siglas que tiveram as prestações de contas negadas terão anistia. O texto também permite uso do Fundo Eleitoral para pagar multas da Justiça Eleitoral.
Além disso, a proposta concede “imunidade tributária” aos partidos e federações. O texto inclui as agremiações partidárias na lista de instituições que não pagam impostos no Brasil. Pelas regras do Senado, uma PEC precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Depois, segue para o plenário da Casa.