A bancada do Partido Novo na Câmara dos Deputados vai tentar derrubar a decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que aumentou em 170% o limite para reembolso de despesas médicas de deputados. A decisão publicada no dia 29 de março aumentou de R$ 50 mil para R$ 135 mil o valor do benefício.
A justificativa para o aumento foi que o valor de R$ 50 mil estava defasado: “Nos últimos anos, a chamada ‘inflação médica’ tem superado o índice oficial de inflação: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, lê-se na justificativa assinada por Arthur Lira. Em outro trecho, Lira justifica a adoção de um índice conhecido como “Variação de Custos Médico-Hospitalares”, ou VCMH, que normalmente apresenta valores superiores ao próprio IPCA.
Segundo o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), a notícia do reajuste “caiu como uma bomba”.
“Entendemos que não deveria sequer existir esse reembolso extra para os deputados […] Nós não podemos ter privilégios. É por isso que a bancada do Novo está estudando as formas de reverter esta decisão, que é uma decisão administrativa, que não passou pelo plenário”, afirmou.
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A notícia de que na Câmara dos Deputados foi concedido um reajuste de mais de 170% sobre os reembolsos de serviços médicos não cobertos pelos planos dos parlamentares caiu como uma bomba, sobretudo por se tratar de um momento de pandemia. pic.twitter.com/EMwyl7pWfe
— Marcel van Hattem (@marcelvanhattem) April 2, 2021
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