O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), afirmou ter intenção de privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras, caso seja eleito presidente da República em 2022. A declaração foi dada em uma live realizada nesta quinta (23) e mediada pelo fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa, e pelo diretor de redação, Edson Sardinha.
“Sim, sou a favor da privatização da Petrobras, não para fazer dela um monopólio privado, saindo de um monopólio público para se transformar num monopólio privado, e sim em partes. Uma ampla modelagem que tem que que ser muito bem preparada, não é uma modelagem para ser feita em 15 minutos , e sim construída inclusive com consultorias internacionais para que haja legitimidade nesse processo”, explicou Doria. “Tudo aquilo que é bem privatizado gera mais empregos, mais oportunidades para aqueles que são técnicos, engenheiros, especialistas.”
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O governador de São Paulo, no entanto, disse discordar da privatização da Caixa Econômica Federal.
“Eu defendo respeitosamente que o Banco do Brasil possa ser igualmente privatizado”, explica. “Mas a Caixa Econômica não pode, ela tem condições de financiamento para habitação social e o Brasil ainda é um país pobre que precisa de uma expressiva quantidade de unidades habitacionais, sociais, com financiamento de longuíssimo prazo pra que governos municipais, estaduais, com apoio federal possam oferecer condição de habitabilidade.
Doria concorre com o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio ao posto de candidato tucano à sucessão de Jair Bolsonaro em 2022. O primeiro turno da disputa interna está marcado para o dia 21 de novembro. Se for necessário, será realizado um segundo turno em 28 de novembro.
Confira a íntegra da entrevista:
Doria, Leite, Jereissati e Virgílio vão disputar prévias do PSDB