O candidato do PSL à presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, sinalizou nesta quarta-feira (3) que não participará do último debate televisivo entre presidenciáveis antes da votação de 7 de outubro, tradicionalmente realizado na Rede Globo. Recuperando-se de duas cirurgias aós facada que quase o levou à morte, Bolsonaro ainda não fez declarações oficiais sobre o assunto, mas fixou uma postagem em sua conta no Twitter com a seguinte frase: “Junta médica do Hospital Albert Einstein proíbe Jair Bolsonaro de participar de debate”.
Além disso, já divulga em seus canais de informação que, durante o debate, transmitirá uma “live” (vídeo ao vivo) com o objetivo de competir com o encontro televisionado, segundo sua assessoria. A ideia é apresentar suas propostas, sem fazer comentários ao debate na Globo. Não há confirmação sobre a presença de convidados – ontem (terça, 2), Bolsonaro fez uma live com o senador Magno Malta (PR-ES), entusiasta de sua campanha, e seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), candidato do Senado (imagem abaixo).
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Junto com a frase, a conta do deputado naquela rede social veicula um vídeo (veja abaixo) com a entrevista coletiva que médicos concederam mais cedo em frente à sua casa, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). O cirurgião Antônio Luiz Bonsucesso Macedo e o clínico cardiologista Leandro Echenique, que operaram Bolsonaro em São Paulo, falaram com a imprensa após conversa com o paciente e contraindicaram a participação dele no debate. No entanto, não garantiram a ausência do candidato.
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PublicidadeSegundo Antônio Luiz, Bolsonaro não pode fazer esforço físico por mais de 15 minutos, o que seria o caso do debate. “Isso pode prejudicar a evolução dele. Então, nós contraindicamos que ele participe de qualquer atividade que exija mais de dez minutos de conversa”, recomendou o médico, acrescentando que Bolsonato estará plenamente recuperado na próxima semana, podendo retomar a campanha.
“Ele não irá [à Globo] porque ele é extremamente obediente”, completou o cirurgião.
Veja a entrevista:
Líder nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro foi esfaqueado em 6 de abril em Juiz de Fora (MG), quando fazia ato de campanha cercado de apoiadores. Inicialmente atendido na Santa Casa de Misericórdia do município mineiro, ele foi transferido para o Albert Einstein e ficou 23 dias internado.
Seu agressor, o desempregado Adélio Bispo de Oliveira, confessou o crime e teve diagnóstico preliminar de distúrbio psiquiátrico grave, mas ainda não foi definitivamente considerado como tal. Inquérito realizado pela Polícia Federal atestou que ele agiu por conta própria, sem esquema pré-orquestrado por grupos ou partidos políticos.
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