A marcha da maconha está chegando, acontecerá dia 30 de maio. E diferente do que muita gente pensa, a marcha não é um encontro de quem quer simplesmente fumar um…. É um espaço de luta da sociedade civil em busca da discriminalização e legalização. A maconha é uma droga como a bebida e o fumo. A diferença entre elas é a forma como você escolhe enxergar cada uma. O ativista Michel Platini, colunista do Congresso em Foco, explica a luta pela discriminalização e legalização da maconha. Veja o vídeo.
O cigarro e a bebida são socialmente aceitas. E a maconha é estigmatizada. A luta é composta por pessoas que defendem o uso recreativo e medicinal da erva. Trata-se de querer um estado isonômico, que possibilite inclusive o tratamento, a realização de campanhas, assim como as realizadas contra o uso do tabaco. Discriminalização significa deixar de ser crime o uso e o porte, em alguns países que apenas discriminzalizaram, pessoas continuam sendo presas pelo pequeno porte. Legalizar significa regular a fabricação, a tributação, e a diminuição de uma massa carcerária que ocupa as cadeias brasileira por um atraso como esse, que é a criminalização. De acordo com o Ministério da Saúde o uso de drogas matou no país mais de 40.692 pessoas entre 2006 e 2010, deste total 34.573, ou seja, 84,9%, por uso de álcool, 4.625 (11,3 %) por uso de tabaco. 96.2 % das mortes está relacionada à drogas legalizadas no país. A droga cujo o abuso mais mata é o álcool, que não é só comercializada, mas propagandeada pela TV. Já a maconha nem é citada. Por ser raro alguém morrer de overdose de cannabis. Esta é a contradição.
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Fortalece as comunidades terapêuticas, que não guardam nenhum respaldo científico, e que passam a receber investimento público. As comunidade terapêuticas são em sua maioria casas religiosas e estão alinhadas com a dinâmica do governo Bolsonaro. A nova legislação estabelece como meta no tratamento de dependência química a abstinência, deixando de lado políticas de redução de danos – conjunto de práticas de saúde pública adotadas em diversos países com o objetivo de diminuir os danos causados pelo uso de drogas em pessoas que não conseguem ou não querem parar. O projeto de lei complementar (PLC) 37 também facilita a internação involuntária, que poderá ser pedida por familiar ou servidor público da saúde ou da assistência social; determina que o paciente possa ficar internado contra sua vontade por até três meses e estabelece a necessidade de autorização médica para que a internação seja encerrada. O texto nega o papel da rede de atenção psicossocial, promove o aumento do encarceramento e trata as comunidades terapêuticas como abordagem única. Esperamos você nessa marcha, que é protegida pelo direito à livre manifestação, consagrado na Constituição Federal. A marcha acontece no dia 30 de maio com concentração na catedral.
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