Renata Vilela*
De acordo com a empresa de segurança digital SYHUNT houve mais um mega vazamento de dados no dia 26 de julho. Dessa vez, cerca de 227 milhões de brasileiros tiveram informações como número de CPF, RG, nome da mãe, fotografias e até assinaturas disponibilizados na web.
Esses dados estão sendo vendidos tanto na superfície da internet – acessada por buscadores comuns -, quanto na deep e na dark web – acessíveis somente por programas específicos. Segundo a SYHUNT, o pacote de dados está à venda em fóruns nessa camada mais profunda da internet.
A origem da base vazada pelos hackers ainda não foi desvendada. Porém, a quantidade de dados sobre uma mesma pessoa pode abrir caminho para que os compradores dessas informações possam aplicar golpes virtuais contra os cidadãos e cidadãs.
Frente a mais um mega vazamento, a campanha Salve Seus Dados volta a defender a Dataprev e o Serpro – principais empresas públicas de tecnologia do País – do programa de desestatização proposto pelo governo.
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Apesar do último mega vazamento, datado de 26 de junho, ter exposto a maioria dos cidadãos do Brasil, as informações contidas nele são muito menores do que as guardadas pela Dataprev e do Serpro.
PublicidadeAs duas empresas têm em seus data centers centenas de informações de cada cidadão, que vão desde os números de documentos a dados biométricos, passando por informações trabalhistas e judiciais.
Caso a Dataprev e o Serpro sejam realmente privatizados, essas informações sairão da mão de funcionários comprometidos com a cidadania, e passarão a empregados da iniciativa privada, que podem sofrer pressões comerciais para fazer mau uso dos dados.
*Renata Vilela, especial para a campanha Salve Seus Dados
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