O ativista Leandro Mohallem, assessor da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), denunciou na tarde deste domingo (31) ter sido agredido em São Paulo durante um ato de comemoração pelo 31 de março de 1964, data do início do regime militar no Brasil. Em vídeo gravado dentro do hospital da Barra Funda, na capital paulista, Mohallem diz ter sido alvo de pauladas e chutes de militantes “antifas” (antifascistas) e de partidos políticos críticos à data, que completa 55 anos.
“Uma moça foi fazer um bolo para celebrar a data [31 de março de 1964]. E aí eu fui lá para comer o bolo, também, e ver uns amigos que eu tenho lá. O bolo era verde e amarelo, cores que eles odeiam”, disse Mohallem. O assessor relata ter visto um grupo de opositores e sacado o celular do bolso para filmar um eventual ataque, momento em que as agressões teriam começado.
“Primeiro jogaram um cone. Aí veio um tentando me agredir com um pedaço de pau, e nisso eu caí no chão. Aí veio de tudo: veio chute, veio paulada”, narrou. Em seguida, Zambelli completa: “ou seja, tentativa de homicídio”.
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A deputada publicou, em sua conta no Twitter, duas fotos do assessor: uma com a camiseta ensanguentada e uma segunda 45 minutos depois, já no hopsital, com a cabeça enfaixada. A queixa, segundo a deputada, foi registrada no 78º Distrito Policial (Jardins), mas a delegacia informou não poder dar informações sobre o caso. Zambelli afirma que um dos agressores foi detido. O Congresso em Foco pediu detalhes à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e aguarda retorno.
Mohallem ganhou projeção durante os protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff como membro do Juntos pelo Brasil, movimento criado em 2013 que se define, segundo a página do grupo no Facebook, como conservador e “pautado no respeito aos direitos humanos, à tradição judaico-cristã, à vida, à liberdade, à propriedade privada, à família tradicional, às Forças Armadas, à moral pública, e à participação política das massas”.
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